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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CORRUPÇÃO: E assim o PCdoB ia jogando seu dinheiro fora

Esporte dá R$ 753 mil a pista de ‘ficção’
O abandono de 15 mil metros quadrados de borracha destinados a pistas de atletismo simboliza, no interior da Bahia, o descontrole e a falta de critério que tomaram conta do Ministério do Esporte. A pasta abraçou uma ideia mirabolante e “pioneira” de um professor de capoeira e presidente da Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (Famfs): transformar pneus velhos em pistas de atletismo. O resultado está nos galpões da entidade. O material está encalhado e abandonado, conforme verificou a reportagem do Estado na quinta passada.

O professor Antonio Lopes Ribeiro, presidente da Famfs, é parceiro antigo do Ministério do Esporte. Nos últimos oito anos, levou R$ 60 milhões da pasta em convênios dos programas Segundo Tempo e Pintando a Liberdade/Cidadania. Ele é personagem de dois inquéritos no Ministério Público por irregularidades no uso do dinheiro da pasta. Com o discurso da sustentabilidade, o professor se ofereceu para receber dinheiro do Esporte pela produção, nas dependências de sua entidade, de pistas de atletismo com placas de resíduos de borracha. O ministério topou e, desde 2007, começou a repassar verba para o projeto.

Em 2009, surgiu uma novidade: a fundação recebeu R$ 753 mil para fazer uma pista de atletismo móvel, a “primeira oficial do mundo”, segundo palavras do professor Lopes e do site do ministério, e mais outras quatro fixas, todas com pneus velhos. O contrato foi assinado pelo hoje secretário nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro. O presidente da Famfs explicou a proposta ao Estado: “Tive uma ideia de botar uma lona embaixo e sair colando as plaquinhas de borracha.

A duração é de 400 anos. Sou meio professor Pardal, fico inventando as coisas. E a pista tem a aprovação da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)”. Em resposta por escrito enviada ao jornal, a CBAt desmentiu o presidente da Famfs: “A CBAt desconhece oficialmente a existência dessa pista dita móvel e, de forma oficial, qualquer pista fabricada pela fundação. Nunca tivemos qualquer contato da fundação e não emitimos qualquer documento a respeito”.

A assessoria do Ministério do Esporte disse que o critério técnico para aceitar a proposta das pistas de atletismo feitas pela Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana foi “menor preço”. O ministério “aceitou a proposta devido à inovação em reaproveitar pneus velhos e refugos de pneus de uma fábrica próxima”, afirma a assessoria. E prossegue: “A proposta atende, ainda, a demandas de preservação ambiental e de ampliação da infraestrutura esportiva do País.

O critério técnico baseia-se em menor preço, incomparável se confrontado com o preço de uma pista convencional”. Sobre o material encalhado na sede da entidade, o ministério diz que a responsabilidade de quem pretende recebê-lo em cumprir exigências formais pode atrasar o processo de liberação das mercadorias.

Além das pistas de atletismo, a Famfs também produz bolas, camisetas e bonés em programas federais. “A dispensação do material produzido pela convenente é proporcional às demandas aprovadas e autorizadas. Como o preenchimento de todos os requisitos por parte dos entes que demandam o material produzido é exigência formal, por vezes forma-se estoque”. Fonte Tribuna da Bahia



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