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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Deputados convoca Zara para explicar trabalho em "condições de escravidão"

Uma inspeção trabalhista denunciou no mês de julho que duas oficinas de São Paulo que fabricavam roupa para AHA, que fornece 90% de sua produção para a Zara, empregavam mão-de-obra submetida a vigilância intensiva e com jornadas trabalhistas de mais
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) convocou nesta segunda-feira (29) a Zara para que explique as denúncias que pesam sobre a multinacional espanhola ao contratar serviços de oficinas que mantêm funcionários em "condições análoga à escravidão", informaram fontes oficiais.
O representante da Zara Brasil, Enrique Huerta González, foi convidado a depor na próxima quarta-feira perante a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos depois que o Ministério do Trabalho emitisse 52 atas de infração das normas trabalhistas contra uma provedora da companhia espanhola.
Além de Huerta González, também foram convocados os sócios e administradores da empresa AHA, provedora da Zara, Seong Hee Lee e Cyro Leal Mendes, assinalou a Alesp em comunicado.
Uma inspeção trabalhista denunciou no mês de julho que duas oficinas de São Paulo que fabricavam roupa para AHA, que fornece 90% de sua produção para a Zara, empregavam mão-de-obra submetida a vigilância intensiva e com jornadas trabalhistas de mais de 12 horas.
A Superintendência Regional de Trabalho informou então que nesses dois centros havia 13 homens bolivianos, uma peruana e um adolescente de 14 anos, o que podia constituir um delito de trabalho infantil.
As oficinas apresentavam condições de precariedade sem respeitar as normas de saúde e segurança do trabalho.
A instalação de uma CPI para investigar as condições trabalhistas no estado foi pedida nesta segunda-feira pelo deputado Carlos Bezerra (PSDB) e foi aprovada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos.
Ao conhecer as denúncias contra AHA, o grupo Inditex, proprietário da Zara, assinalou que reforçará em colaboração com o Ministério do Trabalho do Brasil a revisão do sistema de produção de suas provedores para garantir que seus funcionários não são explorados. ( Fonte Gazeta do Povo ).


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