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domingo, 9 de julho de 2017

Temer convoca reunião com líderes e ministros às vésperas de votação da denúncia na CCJ

Governo tem pressa para votar a denúncia de corrupção, mas teme que os debates na comissão se alonguem; durante a manhã, presidente se reuniu com Maia e Eunício no Jaburu

Renan Truffi, O Estado de S.Paulo
09 Julho 2017 | 18h41
Atualizado 09 Julho 2017 | 19h45

Temer deixa Palácio do Jaburu para participar de reunião no Alvorada  Foto: Dida Sampaio/Estadão
BRASÍLIA - Às vésperas da votação da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente Michel Temer convocou uma reunião com líderes da base aliada e ministros de Estado neste domingo, no Palácio da Alvorada.
O encontro estava marcado para começar por volta das 17h, mas a comitiva presidencial chegou, aproximadamente, às 17h30 no palácio. O objetivo da reunião é discutir as votações do pedido de investigação da Procuradoria-Geral da República contra Temer, na Câmara dos Deputados, e da reforma trabalhista, no Senado.
Além dos comandantes de bancada, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) também vão participar da reunião. 
Outras presenças confirmadas no encontro são dos líderes do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Pela manhã, Temer se reuniu com o presidente da Câmara  Foto: Dida Sampaio/Estadão
Pela manhã, no Palácio do Jaburu, Temer se reuniu por pouco mais de uma hora com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir a votação da denúncia apresentada contra o presidente.
O governo tem pressa para votar a denúncia, mas teme que os debates na Comissão de Constituição e Justiça se alonguem e não seja possível concluir o processo na próxima semana.
Por isso, não vai se esforçar para votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) nesta semana o que, em tese, abre a possibilidade de os deputados serem convocados durante o recesso parlamentar para votar a denúncia contra o presidente Michel Temer.
Sem aprovar a LDO, deputados e senadores não poderiam entrar em férias. Nos últimos anos, no entanto, se instituiu o chamado "recesso branco", quando Câmara e Senado continuam abertos, mas normalmente não há sessões deliberativas e a presença do parlamentar no Congresso não é cobrada.
Segundo um líder do governo, caso a votação da denúncia não aconteça até o início oficial do recesso, em 17 de julho, a não aprovação da LDO permitiria a convocação de uma sessão extraordinária, durante o recesso branco, para deliberar sobre o caso.
Cada vez mais afastado do Palácio do Planalto, cabe a Maia marcar a data da votação da denúncia no plenário. Ele tem sido pressionado por deputados da oposição e até da base a deixar a conclusão do processo para agosto, após o recesso.
Para que haja o recesso formal, a LDO precisa ser aprovada, em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado, na próxima semana.  

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