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terça-feira, 18 de julho de 2017

Após “quebra” de bancas de apostas esportivas, cambistas sofrem ameaças



Desde sábado (15), que não se fala em outra coisa senão a “quebra” das bancas de 

apostas esportivas que viraram febre, sobretudo no Nordeste. Apostadores têm vivido momentos de euforia e tristeza desde que acertaram os resultados da Série A, de quarta-feira (12), conforme matéria veiculada no Alagoas24horas. Algumas bancas anunciaram falência a exemplo da BetSport7, que enviou comunicado aos apostadores. No entanto, a maioria continua funcionando e realizando apostas normalmente, mesmo sem ter pago aos ganhadores.

Há bancas que decidiram pagar aos apostadores contemplados com valores menores, mas estão com dificuldade de pagar os valores mais robustos: acima de 15 mil, por exemplo. “Quem foi contemplado com valores pequenos já está recebendo. No entanto, quem recebeu os valores mais altos estão aguardando o pagamento a partir de segunda-feira quando bancos liberaram o dinheiro”, disse um proprietário que não terá sua identidade revelada por questões de segurança.
Outro proprietário de banca, ou cambista, como é chamado, conta que teme por sua segurança, já que têm recebido ameaças de algumas pessoas revoltadas com o atraso no pagamento. “Mesmo tendo me comprometido a pagar os valores devidos, as vezes aparece alguém ameaçando quebrar a banca ou fazer algum mal. Quero dizer que todos receberão seu dinheiro”.
O Alagoas24horas recebeu informações de que já houve em Maceió um caso de depredação de uma banca por um grupo de apostadores revoltados. Este fato teria ocorrido em uma área, considerada perigosa do bairro do Jacintinho.
Os próprios cambistas destacam que o problema dos calotes registrados em Maceió é a grande quantidade de bancas em Maceió, que normalmente são encontradas nos bairros mais populosos. Outro alerta dos próprios cambistas é que há locais que são freqüentados até por menores de idade.
Entenda o Caso
Esse tumulto começou na quarta-feira, assim que os jogos acabaram. Começaram a circular nas redes sociais prints de cartões vitoriosos de apostas acumuladas. Para ficar claro, estas apostas são aquelas nas quais o apostador marca vários possíveis resultados e só ganha o dinheiro se todos eles acontecerem como previsto. A improvável combinação das cotações de todos os visitantes pagava entre mil e 2.200 vezes o valor apostado, mas foi o que aconteceu: Bahia, Santos, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro e Vasco venceram nas seguintes disputas:
Ponte Preta x Bahia
Atlético-MG x Santos
Fluminense x Botafogo
Palmeiras x Corinthians
Atlético-PR x Cruzeiro
Vitória x Vasco da Gama.
Ameaças e agressões
O delegado titular do 6º Distrito Policial, Robervaldo Davino, esclarece que todos os casos de ameaça, agressões ou depredações sofridos por cambistas na situação acima descrita devem procurar uma delegacia distrital, ou seja, a mais próxima ao local da ocorrência ou a Central de Flagrantes, se ocorrer no final de semana. Vítimas devem apresentar mensagens encaminhadas por redes sociais ou registro telefônico e descrever a situação.
O delegado conta que, pelo menos na sua área de atuação, região de Cruz das Almas, ninguém apresentou queixa nesse sentido. “Não é porque o indivíduo cometeu um erro que deve pagar com a morte ou violência”, ressaltou.
Jogos de azar são crime
Os jogos de azar foram proibidos a primeira vez em 1946 em todas as modalidades, no território nacional. No entanto, em 2001, os bingos foram autorizados a funcionar, mas essa permissão terminou em 2004.
Sobre os sites apostas, o Alagoas24horas pesquisou que não são regulamentados no Brasil, embora exista centenas de páginas em funcionamento, sobretudo, as que envolvem apostas esportivas.
Estas operam livremente e, de acordo com dados nacionais, estima-se que o jogo online movimente, hoje, cerca de R$ 3 bilhões por ano no país.
Extraida de:carlinosouza.com.b

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