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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Baleia Azul: conselhos tutelares começam a acompanhar casos em Feira de Santana

Um caso do jogo foi comunicado ao Conselho Tutelar II pela diretora de uma escola da rede municipal de ensino.

Foto: Ney Silva / Acorda Cidade

Daniela Cardoso e Ney Silva
Diretores de escolas em Feira de Santana estão buscando apoio dos conselhos tutelares para acompanhar casos de crianças e principalmente adolescentes que estão sendo incentivados a cumprir as 50 etapas do jogo Baleia Azul.
Um caso do jogo foi comunicado ao Conselho Tutelar II pela diretora de uma escola da rede municipal de ensino. Uma garota de 15 anos, ao cumprir uma das primeiras etapas do jogo, chegou a se cortar em um dos braços usando uma lâmina de aço. Integrante do conselho tutelar II, Antonio Costa Cordeiro, explicou ao Acorda Cidade como foi o atendimento desta menina.
“A diretora da escola entrou em contato com o Conselho Tutelar, que foi saber a realidade da situação. A adolescente tentou omitir as informações, mas confessou para a diretora da escola que realmente está participando do jogo a ponto de comprar um estilete para ferir o próprio braço, desenhando o formato de uma baleia”, contou.
Antonio Costa relata que a jovem contou para a diretora da escola que foi convidada por uma colega para entrar no jogo, através de um grupo em uma rede social, onde eram deliberadas tarefas para que ela começasse a se riscar e postar fotos. Segundo ele, uma das instruções do jogo pede que o jovem passe dias e mais dias sem se comunicar, principalmente com os familiares.
“Então as famílias, as escolas, as pessoas que tem entendimento sobre essa situação, realmente tem que denunciar. Esse caso é de investigação policial e a melhor coisa a ser feita é os pais observarem bem seus filhos”, destacou em entrevista ao Acorda Cidade.
Segundo ele, o caso dessa jovem de Feira de Santana está sendo investigado e foi encaminhado para o Creas para que profissionais, como psicólogos, assistentes sociais e pessoas com um bom preparo, consigam tirar mais informações e encaminhar o caso para a polícia.
Antonio afirma que o relato da escola é de que essa adolescente já vinha, desde o ano passado, um pouco distante dos colegas e da situação escolar. Segundo ele, a mãe não sabia de nada e os familiares foram os últimos a saber da situação.
O membro do Conselho Tutelar afirmou que esse jogo é uma novidade e que os profissionais pesquisaram nas redes sociais e descobriram que o jogo determina o cumprimento de 50 etapas e que no final o jovem deve cometer suicídio.
“Essas pessoas estão sendo vítimas dessa situação, onde elas entram em um grupo e tem alguém que alimenta essas crianças e adolescentes, fragilizados psicologicamente, e que acabam cedendo a esse jogo”, afirmou.
Fonte:  Acorda Cidade

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