Ela é acusada de mandar matar o marido, René Senna, para ficar com a fortuna que ele tinha ganhado na Mega-Sena
Rio - A primeira sessão do julgamento da ex-manicure Adriana Ferreira de Almeida, conhecida como a "Viúva da Mega-Sena", terminou por volta das 19h50 desta terça-feira. Ela é acusada de mandar matar o marido, René Senna, em janeiro de 2007, para ficar com a fortuna que ele havia ganho na Mega-Sena. O Conselho de Sentença de Rio Bonito voltará a julgar o caso a partir das 10h desta quarta-feira.
Na audiência, que começou nesta manhã, os juízes ouviram quatro testemunhas, duas de defesa e duas de acusação. Em depoimento, a filha da vítima, Renata Senna, contou que conversava com o pai sobre Adriana, que "tentou afastá-lo da família". Durante boa parte do julgamento, a acusada ficou de cabeça baixa.
Além da liberdade de Adriana, está em jogo uma fortuna de R$ 120 milhões, que está retida e é reivindicada por Renata. O dinheiro está rendendo juros e correção monetária, em uma conta de investimentos da Caixa Econômica Federal.
Maior prêmio pago
Senna acertou sozinho as seis dezenas da Mega Sena, em julho de 2005, e faturou R$52 milhões, até então o maior prêmio pago pela loteria. Além do resultado das aplicações, aos milhões em dinheiro que Senna mantinha no banco, somaram-se os valores arrecadados com a venda de parte de seu patrimônio, como cabeças de gado e fazendas, que estavam se deteriorando, ironicamente por falta de dinheiro para a manutenção dos bens.
A feroz disputa pela herança de Senna ocasionou a geração de outros processos, mas na área cível. A família do milionário assassinado, especialmente sua única filha, Renata, moveu ações tanto para anular o testamento que deixava metade de todo o patrimônio para Adriana, feito pelo pai três meses antes do crime; quanto para que Adriana seja declarada indigna, e, consequentemente, perca o direito à herança, bem como a todas as doações feitas pela vítima, ainda em vida. Por outro lado, Adriana questionou na Justiça a paternidade de Renata, que foi obrigada a se submeter a exame de DNA. O resultado foi favorável à Renata.
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Tanto Adriana, quanto Renata, tentaram ao longo de todos estes anos botar a mão na grana. Cerca de 20 dias após a morte de René, Adriana transferiu R$ 1,9 milhão da conta conjunta que tinha com o milionário, para outra, particular. Renata fez vários pedidos de liberação da sua parte da herança. Chegou a solicitar R$ 11 milhões, alegando que corria risco de vida e pretendia se ausentar do país. Mas todos os pedidos foram negados pela Justiça, que condiciona a liberação de qualquer centavo da herança ao resultado do processo criminal.
A previsão é que o julgamento dure, pelo menos, três dias. Sete jurados, pessoas do povo, moradoras de Rio Bonito, é que vão colocar um ponto final nessa história, que começou com uma jogada de sorte: um lavrador doente, que teve as duas pernas amputadas por conta dos problemas com a diabetes e morava de favor na casa de parentes, da noite para o dia, transformou-se em milionário. Mas teve um desfecho trágico, que chocou o país.
Rio - A primeira sessão do julgamento da ex-manicure Adriana Ferreira de Almeida, conhecida como a "Viúva da Mega-Sena", terminou por volta das 19h50 desta terça-feira. Ela é acusada de mandar matar o marido, René Senna, em janeiro de 2007, para ficar com a fortuna que ele havia ganho na Mega-Sena. O Conselho de Sentença de Rio Bonito voltará a julgar o caso a partir das 10h desta quarta-feira.
Na audiência, que começou nesta manhã, os juízes ouviram quatro testemunhas, duas de defesa e duas de acusação. Em depoimento, a filha da vítima, Renata Senna, contou que conversava com o pai sobre Adriana, que "tentou afastá-lo da família". Durante boa parte do julgamento, a acusada ficou de cabeça baixa.
Além da liberdade de Adriana, está em jogo uma fortuna de R$ 120 milhões, que está retida e é reivindicada por Renata. O dinheiro está rendendo juros e correção monetária, em uma conta de investimentos da Caixa Econômica Federal.
Maior prêmio pago
Senna acertou sozinho as seis dezenas da Mega Sena, em julho de 2005, e faturou R$52 milhões, até então o maior prêmio pago pela loteria. Além do resultado das aplicações, aos milhões em dinheiro que Senna mantinha no banco, somaram-se os valores arrecadados com a venda de parte de seu patrimônio, como cabeças de gado e fazendas, que estavam se deteriorando, ironicamente por falta de dinheiro para a manutenção dos bens.
A feroz disputa pela herança de Senna ocasionou a geração de outros processos, mas na área cível. A família do milionário assassinado, especialmente sua única filha, Renata, moveu ações tanto para anular o testamento que deixava metade de todo o patrimônio para Adriana, feito pelo pai três meses antes do crime; quanto para que Adriana seja declarada indigna, e, consequentemente, perca o direito à herança, bem como a todas as doações feitas pela vítima, ainda em vida. Por outro lado, Adriana questionou na Justiça a paternidade de Renata, que foi obrigada a se submeter a exame de DNA. O resultado foi favorável à Renata.
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Tanto Adriana, quanto Renata, tentaram ao longo de todos estes anos botar a mão na grana. Cerca de 20 dias após a morte de René, Adriana transferiu R$ 1,9 milhão da conta conjunta que tinha com o milionário, para outra, particular. Renata fez vários pedidos de liberação da sua parte da herança. Chegou a solicitar R$ 11 milhões, alegando que corria risco de vida e pretendia se ausentar do país. Mas todos os pedidos foram negados pela Justiça, que condiciona a liberação de qualquer centavo da herança ao resultado do processo criminal.
A previsão é que o julgamento dure, pelo menos, três dias. Sete jurados, pessoas do povo, moradoras de Rio Bonito, é que vão colocar um ponto final nessa história, que começou com uma jogada de sorte: um lavrador doente, que teve as duas pernas amputadas por conta dos problemas com a diabetes e morava de favor na casa de parentes, da noite para o dia, transformou-se em milionário. Mas teve um desfecho trágico, que chocou o país.
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