A Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Poço Vermelho’, fazendo uma alusão ao município de Poço Verde, local onde ocorreu um grande número de execuções com extrema violência. Com objetivo de desarticular o grupo de extermínio que atuava em Sergipe e Bahia estão sendo cumpridos 24 mandados judiciais, sendo seis de prisões preventivas, 15 de conduções coercitivas e três mandados de busca e apreensão.
Quatro pessoas entre policiais civis e militares já foram presas. Estão participando da ação 120 agentes federais que cumprem a operação em Poço Verde, Simão Dias, Boquim, Lagarto e Aracaju. Além da cidade de Cícero Dantas e Heliópolis na Bahia.
O grupo de extermínio é investigado desde maio deste ano pelo envolvimento em diversos homicídios, todos com características de execução, pela Unidade de Repressão a Crime contra Pessoas, que é vinculada a Divisão dos Direitos Humanos da Polícia Federal. A operação tem relação com a morte do ex-presidiário José Augusto Aureliano Batista que foi morto em outubro desse ano.
Getúlio Sobral, advogado da família de José Augusto, está acompanhando a operação. “A operação está sendo presidida pela Polícia Federal de Brasília. Recebi informação que outras pessoas foram presas em outro estado também”, disse.
Um escrivão da Polícia Civil que trabalha em Simão Dias, foi preso na Rua Riachão, no Centro de Aracaju, e de acordo com o advogado dele, Alexandre Porto, o cliente foi preso em flagrante porque estava com um revólver calibre 38 que estava sem registro em casa. “O revólver é da família e ele foi preso por porte ilegal de arma. Mas contra ele havia um mandado de condução coercitiva, mas quando chegaram em sua residência encontraram a arma. Estamos aguardando liberarem o valor da fiança para a gente pagar e pedir a sua libertação”, informou.
As investigações foram iniciadas a partir do encaminhamento a Polícia Federal de uma lista com nomes marcados para morrer em Poço Verde.
G1 SE
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