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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Homem suspeito de agredir estuprador até a morte não é acusado

Um tribunal do Texas, nos Estados Unidos, decidiu não acusar formalmente um pai quebateu até matar num homem que flagrou abusando da filha menor dele. “Sob a lei, a morte é justificada para parar um ataque sexual”, disse o procurador do condado de Lavaca, Heather McMinn, segundo o “Yahoo News!” “Todas as evidências apresentadas pela polícia indicam que foi o que aconteceu quando o pai da vítima chegou ao local.” A decisão lida pelo procurador diz ainda que “um substancial conjunto de evidências” ligam os relatos de testemunhas ao do que o pai contou ter ocorrido no dia do crime. Jesus Mora Flores foi agredido até a morte no último dia 9 em Shiner, Texas, após o pai, de 23 anos, ter flagrado o homem, de 47, em um pasto no rancho da família, em cima da filha dele de 5 anos com as calças abaixadas. O Yahoo News não revela os nomes do pai para proteger a identidade da filha. Uma testemunha que contou ter visto Flores, mexicano que trabalhava legalmente no rancho, “carregando à força” a menina para uma área isolada do rancho, alertou o pai. Ele seguiu os gritos da filha até o pasto, atacou Flores e lhe infringiu “diversos golpes na cabeça e pescoço”. Após o ataque, o pai ligou para o serviço de emergência. “Eu preciso de uma ambulância”, disse ao atendente, de acordo com as gravações divulgadas pela polícia. “Esse cara estava estuprando minha filha e eu bati nele e não sei o que fazer. Esse cara está morrendo na minha mão e eu não sei o que fazer”, disse, gritando, na ligação de cinco minutos. Equipes de emergência, assim como o avô e uma tia da menina, tentaram reavivar Flores, mas não conseguiram. O delegado do condado de Lavaca, Micah Harmon, disse queencontrou o pai chorando, dizendo que não tinha intenção de matar Flores. “Ele é uma alma pacífica”, disse a advogada do pai, V’Anne Huser. “Ele não tinha intenção de matar ninguém naquele dia.” O caso levantou um intenso debate nos EUA sobre se a morte foi justificada. Moradores de Shiner, com uma população de apenas 2 mil habitantes, apoiaram a atitude do pai. “Eu acho que foi uma decisão certa”, disse Lamont Matthews. “Eu teria feito a mesma coisa.” “O pai aguentou o bastante. A menina pode ficar traumatizada para sempre, e o pai, também, pelo que aconteceu. Ele estava protegendo a família dele. Qualquer pai teria feito o mesmo”, disse Gail Allen, outro morador, à agência de notícias Associated Press. “É muito triste que um homem tenha morrido, mas acho que qualquer pessoa teria feito o mesmo”, pondera Michael James Veit. “Em nossa opinião, essa história está encerrada”, disse a advogada do pai. Fonte: G1

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