Estudantes “queimam” secretário de educação

Alunos e funcionários da Escola Estadual Antônio Carlos Magalhães, no bairro de Periperi, realizaram manifestação seguida de passeata na manhã desta terça-feira (20), no subúrbio ferroviário de Salvador. A ação teve inicio em frente à escola e os estudantes seguiram pelas ruas do bairro, encerrando ação na Praça da Revolução.

Com faixas, cartazes e gritando palavras de ordem, eles reclamam do fechamento da unidade escolar, que foi anunciado pelo secretário de educação do estado, Osvaldo Barreto. Mais de 100 manifestantes afirmaram que o fechamento da escola irá contribuir para o aumento da violência no bairro. Em um dos cartazes fixados em um muro, os estudantes afirmam que “onde se fecha uma escola, se abre um presídio”.

Segundo Arnaldo Anselmo, membro do “Movimento em Defesa da Educação”, a desativação da escola é um ato irresponsável do governo do estado. “Essa unidade faz parte da história desses garotos, e eles (governo) na estão preocupados com o futuro dos alunos. Só pensam em cortar custos para a educação, e só falam em Copa do Mundo”, disse o manifestante.

Durante a ação, os estudantes atearam fogo em um boneco que representava a figura do secretário de educação Osvaldo Barreto, que está sendo responsabilizado pelo fechamento de duas escolas no bairro - Escola Antonio Carlos Magalhães e Escola Cleto Araponga, que funcionam no mesmo prédio.

Em nota oficial, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia confirmou que o prédio onde funciona a escola será desativado, mas ressaltou que os alunos serão transferidos para outras duas escolas do bairro: os colégios estaduais Praia Grande e Humberto de Alencar Castelo Branco, com capacidade total para 6.160 alunos.

Ainda de acordo com a secretária a Escola Antonio Carlos Magalhães funcionava em condições precárias e em um prédio alugado. O coordenador de Ensino Superior e Relações Institucionais da Sec, Clóvis Caribé Menezes dos Santos, explicou que as duas escolas somam 1.551 vagas, sendo que a Escola Antonio Carlos Magalhães atende a 700 alunos, da 1ª à 8ª série, nos turnos matutino e vespertino. Outra Escola, a Cleto Araponga, que funciona no mesmo prédio, também será transferida, mas a Sec garante que há vagas para todos. Por: Alessandro Isabel - 20 de Setembro - 10h09 Foto: Gilberto Júnior // Bocão News