RIO - A delegada da 6ª Delegacia de Polícia, em Cidade Nova, Sânia Carvalho, anunciou nesta quinta-feira, 11, que indiciará por lesão corporal os dois PMs que assumiram terem feitos os disparos contra o ônibus da linha Praça XV-Duque de Caxias, na noite de terça-feira, durante um assalto ao coletivo. De acordo com a delegada, a tipificação do crime pode evoluir para homicídio culposo caso um dos feridos venha a falecer. A paciente em estado mais grave é Lisa Mônica Pereira, de 46 anos, que foi baleada no tórax. A autoria do tiro que atingiu Lisa não foi esclarecida.
No início da tarde desta quinta-feira, Sânia afirmou que o laudo preliminar do Instituto de Criminalística Carlos Éboli confirmou que todos os disparos efetuados durante o assalto ao ônibus foram feitos por policiais militares.
Segundo ela, 'a perícia corrobora as informações prestadas pelas testemunhas de que todos os tiros foram efetuados de fora para dentro do coletivo'. Apesar de apenas dois policiais assumiram ter efetuados os disparos, a delegada não descarta que outros agentes possam ter atirado contra o veículo.
Na quarta-feira, o resultado de um laudo preliminar realizado no ônibus sequestrado na Avenida Presidente Vargas apontou que o coletivo foi atingido por pelo menos 14 disparos de arma de fogo, com sentido do exterior para o interior do veículo. O laudo é do ICCE.
Em entrevista coletiva ontem, o comandante do 4º BPM (São Cristóvão), tenente-coronel Marcos Vinícius Prado, admitiu que todos os disparos efetuados durante o sequestro foram das armas dos policiais militares que participaram da ação de resgate.
O ônibus da Viação Jurema, com 20 passageiros a bordo quando foi invadido, por volta das 19h30, por um grupo armado na avenida Presidente Vargas, no centro do Rio.
Atualizada às 13h35 ( Fonte: Estadão )>
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