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sexta-feira, 31 de março de 2017

Acidente entre ônibus escolares deixa mortos e feridos em São Sebastião



Veículos transportavam estudantes dos municípios de Teotônio Vilela e Junqueiro

Uma colisão entre dois ônibus escolares deixou cinco mortos, na noite desta quinta-feira (30), em um trecho da AL-110, próximo a São Sebastião, no Agreste alagoano. Os veículos transportavam estudantes de Teotônio Vilela e Junqueiro. 
Em nota, a Secretaria de Comunicação de Teotônio Vilela informou que os dois motoristas, um deles identificado como Otávio, que dirigia o ônibus de Teotônio Vilela, alguns estudantes, que ainda não foram identificados, não resistiram aos ferimentos e morreram no local. O número de feridos ainda é desconhecido.
Duas viaturas do Corpo de Bombeiros e mais de 10 ambulâncias dos municípios de Teotônio Vilela, Junqueiro e São Sebastião foram acionadas para remover as vítimas presas às ferragens. Equipes da PM de Teotônio Vilela, Junqueiro, São Sebastião e do 3º Batalhão também estão no local. Os passageiros foram encaminhados para a Unidade de Emergência do Agreste. 
De acordo com o Serviço Social da UE do Agreste, 44 pessoas foram atendidas, sendo duas em estado grave. Elas passaram por procedimentos cirúrgicos e estão na Área Vermelha da unidade. Os demais pacientes estão com cortes e fraturas nos braços e pernas, mas não correm perigo de morte. 
O acidente

Um dos veículos voltava da cidade de Arapiraca e seguia para Teotônio Vilela, quando colidiu frontalmente com outro ônibus escolar que seguia de Junqueiro para Arapiraca. Com o impacto, os dois veículos ficaram completamente destruídos.

Duas viaturas do Corpo de Bombeiros e mais de 10 ambulâncias dos municípios de Teotônio Vilela, Junqueiro e São Sebastião estão no local resgatando as vítimas - muitas delas em estado grave. 
Fonte:  www.gazetaweb.com/portal/noticia.php?c=30522





























quarta-feira, 29 de março de 2017

Polícia desarticula quadrilha de ladrões de cargas que agia em SE e BA

A polícia apreendeu uma Amarok branca, um caminhão amarelo, dois bloqueadores de sinal e um revólver calibre 38 com cinco munições.




A Polícia Civil, por meio do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Divisão de Inteligência da Polícia Civil (Dipol), divulgou nesta terça-feira (28), que desarticulou na noite da última quarta-feira (22) no município de Cumbe, uma quadrilha acusada de envolvimento com roubos de carga em Sergipe e na Bahia. Eles roubaram um carregamento com café e outro com leite em pó, ambos na cidade de Capela; uma carga de óleo diesel, crime registrado na cidade baiana de Conceição do Jacuípe; além da tentativa de roubo a um caminhão que transportava leite em pó e que culminou com a prisão do grupo na última semana.
Os homens foram identificados como Tenisson Silva Santana, conhecido como “Tenisson Cabeleira”, 50 anos, apontado como líder do grupo; Edson dos Santos, vulgo “Edson do Ferro Velho”, 37 anos, responsável pela estrutura financeira do grupo; Rodolfo Aparecido de Souza, 22 anos; César da Cruz Silva, 23 anos; Edmilson Souza Santos, 45 anos; e Rafael Picasso, que estava com mandado de prisão em aberto pelo do crime de homicídio no estado de São Paulo.
“Recebemos a informação de que o grupo estaria seguindo um veículo pela rota do sertão com o objetivo de realizar o roubo a um caminhoneiro que transportava leite em pó. O grupo estava dividido em três veículos, sendo um caminhão de cor amarela, um Corolla de cor preta e uma Amarok de cor branca. Eles tentaram roubar a carga no Estado da Bahia, porém o caminhoneiro fez uma manobra na pista e conseguiu desviar. Já em Sergipe, abordamos os homens na cidade de Cumbe. Estavam três na Amarok, que resistiram à prisão efetuando disparos contra os policiais; três no caminhão e um sétimo envolvido que conseguiu se evadir no Corolla, mas que já estamos trabalhando na identificação”, detalhou o delegado Dernival Eloi, responsável pela investigação.
O suspeito Wedmo de Jesus Tojal chegou a ser atingido por disparos de arma de fogo na troca de tiros foi encaminhado ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e segue preso com os demais integrantes da quadrilha.
Material
Com os homens, a Polícia Civil apreendeu uma Amarok branca e um caminhão amarelo, dois bloqueadores de sinal, que impediam o rastreamento do veículo de grande porte até que o grupo se desfizesse da carga; um revólver calibre 38 com cinco munições, sendo uma deflagrada e outra picotada.
“É uma quadrilha estruturada, que inclusive contou com dois integrantes que chegaram no estado dia 18 de março por via aérea. O acusado “Tenisson Cabeleira” é sergipano, oriundo de uma família com antecedentes neste tipo de crime e que já foi preso em diversas cidades do país pelo mesmo delito. O grupo sempre utilizou arma de fogo em suas ações, em muitos casos restringindo a liberdade das vítimas até se desfazer da carga roubada”, completou o delegado Dernival Eloi.
Os acusados Wedmo, Tenisson e Edson, que estavam na Amarok branca, foram autuados em flagrante pelos crimes de tentativa de roubo, tentativa de homicídio, resistência e formação de quadrilha. Já os envolvidos Rodolfo, César e Edmilson, que estavam no caminhão, responderão pelos delitos de tentativa de roubo, formação de quadrilha e resistência.
Fonte: Site Só Sergipe

segunda-feira, 27 de março de 2017

Em crise, Correios podem demitir cerca de 25 mil funcionários em todo país

Com prejuízo de quase R$ 500 milhões nos dois primeiros meses do ano e depois de frustrar-se com o baixo número de adesões ao plano de desligamentos voluntários aberto em janeiro, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) avalia uma medida radical para fechar o rombo em seus cofres, que desperta a ira dos sindicatos de trabalhadores.
Sob o argumento de que a situação financeira é extremamente grave, o departamento jurídico da estatal foi acionado para verificar se há meios de driblar a estabilidade dos empregados e fazer "demissões motivadas", com o objetivo de reduzir o quadro de pessoal. Estimativas preliminares indicam a necessidade de enxugamento de 20 mil a 25 mil funcionários para equilibrar as despesas operacionais e dar sustentabilidade aos Correios.
Caso a medida realmente vá adiante, seria um precedente importante para outras estatais em crise, ao relativizar a estabilidade de trabalhadores que ingressaram por meio de concurso. Hoje eles só podem sair voluntariamente ou por justa causa, mediante a abertura de processo disciplinar. A diretoria dos Correios prepara sua sustentação com base no artigo 173 da Constituição, que permite adotar em empresa pública o regime jurídico de empresas privadas. Haveria brecha legal também para as dispensas motivadas na CLT, com a alegação de que a ausência de medidas pode colocar a estatal em colapso.
Segundo dados da vice-presidência de finanças e controle interno, a folha de pagamento da estatal aumentou de R$ 3 bilhões para R$ 7,5 bilhões entre 2006 e 2015. Com isso, os custos trabalhistas subiram de 49% para 62% dos gastos totais. No mesmo período, o "tráfego de objetos" caiu de 8,6 bilhões para 8,2 bilhões por ano e o nível de produtividade diminuiu de 80 para cerca de 70 objetos por cada trabalhador.
Com pouco mais de 117 mil empregados atualmente, os Correios abriram um PDV em janeiro. A expectativa era atrair em torno de 8 mil funcionários com mais de 55 anos e tempo de casa suficiente para requerer aposentadoria, mas houve 5,5 mil adesões. O prejuízo acumulado nos últimos dois anos chega a R$ 4 bilhões e não dá sinais de reversão.
O presidente da ECT, Guilherme Campos, confirmou ao Valor a existência das discussões, mas disse que nenhuma decisão foi tomada até agora. "Não estamos fazendo isso com nenhum requinte de sadismo. O que não dá é para manter uma situação em que dois terços dos custos totais são de pessoal", afirmou o executivo. Ele se recusa, no entanto, a falar sobre o número de desligamentos supostamente necessários para estancar a sangria. "Seria leviano expressar isso agora."
Os trabalhadores prometem reagir. A Fentect, principal federação de empregados dos Correios, convocou todos os sindicatos da categoria para uma reunião de emergência na terça-feira. O encontro, em Brasília, debaterá a possibilidade de greve na estatal.
"A empresa está se aproveitando do argumento de crise financeira para impor uma estratégia de sucateamento", afirma Suzy Cristiny da Costa, diretora da Fentect. Para ela, o mecanismo das demissões motivadas está em linha com outro medida tomada recentemente: o fechamento de 250 agências próprias em todo o país. Suzy acredita que isso afetará a qualidade na prestação dos serviços e sobrecarregará os trabalhadores. "Estão se mexendo para fazer a abertura de capital."
Na avaliação de Marcos César Alves Silva, representante dos empregados no conselho de administração, não há amparo legal nas demissões planejadas e a crise da estatal tem causas mais profundas: "Os resultados negativos não são decorrentes de problemas do mercado e nem do inchaço nos quadros de pessoal".
Silva aponta pelo menos três razões para o agravamento da situação financeira dos Correios: o recolhimento exagerado de dividendos (foram transferidos R$ 6 bilhões ao Tesouro Nacional), represamento de tarifas postais em anos eleitorais e excesso de indicações políticas no comando da estatal.
Reduto do PMDB no governo Luiz Inácio Lula da Silva, a diretoria dos Correios foi loteada entre dirigentes petistas durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Seis meses antes do impeachment, ela entregou os cargos para o PDT. Michel Temer colocou o PSD na empresa.
Antes mesmo de anunciar as demissões motivadas, a atual cúpula da ECT precisa lidar com outro desgaste. Há poucos dias, os empregados foram avisados de que só poderão tirar férias ao fim do segundo período aquisitivo. Trata-se de uma forma de economizar, no curto prazo, com o adicional de 70% de férias garantido pelo acordo coletivo da categoria (normalmente é um terço).
Para os sindicatos, a medida alivia artificialmente o caixa e desorganiza a alocação de recursos humanos nos próximos anos.
Fonte: carlinosouza.com.br

Ciro Gomes receberá SERGIO MORO "na bala @policiafederal & @agenciapf

O ex-ministro da Integração Nacional no governo Lula, Ciro Gomes (PDT) - que também é pré-candidato a presidente para as eleições de 2018 - gravou um vídeo, na última terça-feira, no qual desafia o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a prendê-lo. Gomes afirma que, se isso vier a acontecer, ele receberá a "turma" de Moro "na bala".

As declarações foram gravadas em vídeo no dia em que a Polícia Federal cumpriu, em São Paulo, mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva contra o blogueiro Eduardo Guimarães, que edita o site Blog da Cidadania.

"Hoje esse Moro resolveu prender um blogueiro. Ele que mande me prender, eu recebo a turma dele na bala", diz o pedetista no vídeo.

O ex-ministro faz críticas constantes à atuação de Moro. Gomes chegou a sugerir no ano passado que, caso o ex-presidente Lula seja preso no âmbito da Operação Lava-Jato, ele poderia "sequestrar" o petista e levá-lo a uma embaixada com pedido de asilo para que ele possa se defender “de forma plena e isenta”.

— Pensei: se a gente formar um grupo de juristas, a gente pode pegar o Lula e entregar numa embaixada. À luz de uma prisão arbitrária, um ato de solidariedade particular pode ir até esse limite. Proteger uma pessoa de uma ilegalidade é um direito — disse Ciro ao GLOBO.

O “Blog da Cidadania” tem Guimarães como único colaborador e traz notícias próprias, notícias de outros sites e análises do autor sobre política, com viés de esquerda, publicadas desde 2010. O portal se identifica como integrante do “Movimento dos Sem-Mídia”. Guimarães foi candidato a vereador pelo PCdoB, em São Paulo, em 2016, mas não se elegeu. Na nota divulgada no dia das buscas, a assessoria da Justiça Federal escreveu considerar o blog “veículo de propaganda política”. Mencionou que em seu cadastro no TSE, Guimarães se identificou como comerciante.
Fonte: carlinosouza.com.br


sábado, 25 de março de 2017

Aos 81 anos, idoso conclui 3º curso superior na Bahia

Valter Ferreira mora em Salvador e se formou em Direito na sexta-feira (24). Aposentado já havia se formado em Turismo e Metodologia de Ensino.


Aos 81 anos e com muita disposição, Valter Ferreira concluiu a terceira graduação no ensino superior, que foi iniciado após a aposentadoria. O idoso, que já era formado em duas graduações, Turismo e Metodologia de Ensino, se formou também em Direito. A cerimônia de formatura foi realizada na noite da sexta-feira (24), em Salvador.
Valter Ferreira trabalhou como servidor público até os 52 anos. Depois de aposentado, ele resolveu se dedicar aos estudos e, ao longo de 29 anos, alcançou as três formações. Segundo ele, estudar sempre foi um hobby."Eu sempre gostei de estudar. Um hobby que eu tenho é estudar. E gosto mesmo. Faço com que todo o pessoal da minha família estude. Eu estudava em uma base de 4h a 5h. Ás vezes, eu chegava da faculdade às 22h, 22h30. Eu não ia dormir, eu ia estudar, até umas 2h da manhã", contou o aposentado.
Durante a formatura em Direito, filhas e netas do idoso se emocionaram mais uma vez com a força de vontade dele. Uma das filhas o acompanhou até o palco para a entrega do canudo. As netas falaram sobre como é tê-lo como exemplo de vida.
"Que homem poderoso. Ninguém diz que ele tem 81 anos", disse Bárbara Almeida, uma das netas presentes na cerimônia.
"Ele é uma referência para a gente. Ele é o nosso mestre em tudo. É a pessoa que direciona a nossa vida", completou Alice Almeida, também neta do idoso.
O incentivo para que os familiares também estudem foi confirmado por Luzia Cruz, filha do idoso. Ela contou que graças ao exemplo do pai, ela e todas as irmãs possuem formação superior. "Todas nós, eu e minhas irmãs, somos formadas e seguimos o exemplo dele. Ele já disse que não vai parar", contou.
Na cerimônia, colegas de turma também falaram bem da experiência de convívio com o aposentado na faculdade e citaram as dificuldades enfrentadas por ele. "Ele, de uma forma muito carismática, conseguiu formar, com todas as dificuldades, de aulas aos sábados, de idas ao Fórum, ao juizado", explicou Moisés Ferreira.
Marília Carvalho, também neta do aposentado e advogada, contou sobre os dias de estudo com o avô.
"Eu pego uns casos e ele discute comigo. Estuda até de madrugada. Me traz livros para poder discutir as teses. Então, ele ama o que ele faz. Ele vai ser muito feliz e muito atuante na profissão", disse Marília Carvalho, neta.
Mesmo com o final do terceiro curso superior, Valter Ferreira ainda tem planos para o futuro acadêmico. Ele contou que pretende passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para poder atuar na profissão, e que tem vontade de fazer um curso de especialização na área.
"Meus planos são de primeiro tentar fazer o exame da OAB, para passar, e também fazer um curso de especialização em direito do trabalho. Eu vivo para ajudar a quem precisa. Por isso eu estou aqui", revelou.
Fonte: G1

quarta-feira, 22 de março de 2017

Mãe e filho são condenados por incesto e devem se afastar

Decisão foi dada por um júri no Novo México, nos Estados Unidos



Após grande repercussão, Monica Mares, de 36 anos, e Caleb Peterson, de 19, foram condenados pelo crime de incesto. Isto porque o casal é formado por mãe e filho e, diante deste panorama, serão obrigados a se separar, conforme determinação do júri do Novo México, nos Estados Unidos.
Caso condenados a prisão poderão pegar pena de até 18 meses, porém, admitiram a acusação e terão que passar este período sem se ver, mas com acompanhamento das autoridades.
Ao fim desse prazo, passarão o mesmo tempo distantes, mas sem a necessidade de serem acompanhados, conforme a NBC News. Além disso, durante a sentença, ela deverá estar em contato com os outros filhos. 
No histórico, Monica – mãe de nove filhos – deu Caleb para adoção, mas em 2015 se reaproximaram. Ela afirma que o rapaz é o amor da sua vida e é bem quisto por toda a família.
O juiz ainda sugeriu que o casal procurasse ajuda psicológica e não os encaminhou a penitenciárias por não possuírem passagem pela polícia. Apesar disso, a mãe afirma que nem a justiça e nem a cadeia irá separar um amor que inicialmente era de mãe, mas vieram os “sentimentos loucos”, como Monica descreve.
Fonte: Tribuna da Bahia

terça-feira, 21 de março de 2017

PIT BUL MATA CRIANÇA NO ES E DEIXA POPULAÇÃO DE CAMACAN E REGIÃO CHOCADA

Uma criança de 6 anos foi atacada por um cão da raça pitbull quando brincava no quintal de sua casa no município de Ponto Belo, no extremo norte do Espírito Santo, na noite desta quarta-feira, 15. Segundo informações de familiares, ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com registro da Polícia Militar e relatos de vizinhos, a criança começou a gritar quando recebeu as primeiras mordidas, chamando a atenção da mãe, que, desesperada, correu até o local e encontrou o cachorro mordendo o pescoço de seu único filho, já desacordado.
Familiares agrediram o animal a pauladas, na tentativa de contê-lo e evitar a tragédia. O menino foi levado para o Hospital Maternidade São João Batista, na cidade de Mucurici, mas morreu no local. Ainda assim, segundo familiares, acometido pela raiva, o pai da criança matou dois dos três cães que tinha na casa.
O corpo da criança foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Linhares e sepultado logo após liberado.
A morte do garoto que é filho de uma cidadã natural de Camacã, rapidamente foi difundida pelas redes sociais e comoveu amigos e familiares de Luiz Henrique espalhados por vários lugares de todo país. A comoção ainda foi maior no distrito de Jacareci, onde a mãe do garoto cresceu e ali reside maior parte de familiares.
O pitbull, chamado Brusk, vivia com a família havia cerca de um ano e não tinha histórico de violência. O caso será investigado pela Polícia Civil.

*Com informações do Estadão. 

Os maiores absurdos encontrados pela PF na Operação Carne Fraca

Por: Redação Veja.com
Entre as descobertas da operação deflagrada contra esquema de corrupção de fiscais há carnes com salmonela, podres e vencidas há três meses

Deflagrada nesta sexta-feira (17/03) pela Polícia Federal, a Operação Carne Fraca se deparou com uma série de irregularidades praticadas por frigoríficos no país, desde os empreendimentos de pequeno porte às gigantes do setor BRF e JBS.
A investigação, baseada sobretudo em grampos da PF, identificou carnes com salmonela, podres e vencidas, o uso de ácido ascórbico, uma substância cancerígena, para “maquiar” produtos, além do uso de carne de cabeça de porco na produção de linguiças e até o suposto uso de papelão para reforçar a mistura transformada em salsicha.
Veja abaixo os maiores absurdos encontrados na operação:

Carne com salmonela

A investigação da Carne Fraca grampeou debates entre o agente de inspeção federal Carlos Cesar e o auxiliar operacional em agropecuária Carlos Augusto Goetzke, conhecido como Carlão, em que eles ponderam sobre o destino de uma carga de 18 toneladas de carne de peru infectada com salmonela, do frigorífico Souza Ramos: fabricar mortadela ou ração?
“Chega a causar náuseas a naturalidade com a qual ambos tratam a destinação a ser dada para a carne podre, com salmonela e altamente imprópria para consumo – colocar no digestor ou fazer mortadela”, afirmam os investigadores.
Diálogos interceptados pela PF também mostram um diretor da BRF, André Baldissera, conversando com um interlocutor identificado como Fabrício sobre a retenção de contêineres na Itália. Com base nos áudios, a investigação concluiu que as autoridades sanitárias da Europa haviam identificado no carregamento “traços de uma das variações da bactéria salmonela” e, por isso, havia vetado a entrada dos alimentos.

Ácido ascórbico como ‘maquiagem’

O frigorífico Peccin, que teve duas unidades interditadas pela investigação, uma em Curitiba e outra em Jaraguá do Sul, tinha um ingrediente secreto em seus produtos. Segundo a ex-auxiliar de inspeção Daiane Marcela Maciel, a empresa promovia “maquiagem de carnes estragadas com a substância cancerígena ácido ascórbico”, truque empregado na produção de salsichas e linguiças, além de usar quantidades de carne muito menores que o indicado em seus produtos e complementá-los com outras substâncias.
O Peccin também mantinha carnes sem rótulos ou refrigeração e falsificava notas de compra do produto.

Carne podre e vencida

Em uma conversa interceptada pela Polícia Federal entre Idair Piccin e Normélio Peccin, dois dos sócios do frigorífico Peccin, os empresários demonstram estar impressionados com a resiliência de uma peça de presunto podre, que quase não aparenta a condição. “Não tem cheiro de azedo”, garante um deles:
Normélio: Tu viu aquele presunto que subiu ali ou não chegou a ver?
Idair: Ah, eu não vi. Cheguei lá, mas o Ney falou que tá mais ou menos . Não tá tão ruim.
Normélio: Não. Não tá. Fizemos um processo, até agora eu não entendo, cara, o que é que deu naquilo ali. Pra usar ele, pode usar sossegado. Não tem cheiro de azedo. Nada, nada, nada.
Conforme a apuração da Polícia Federal, até mesmo Daniel Gonçalves Filho e Maria do Rocio, os dois líderes do esquema no Paraná, ficavam preocupados com o funcionamento o frigorífico Larissa, do empresário Paulo Sposito, tamanha era a “ausência de qualidade” em sua produção.
Em um diálogo com um funcionário, Sposito não se mostra surpreso com a substituição de etiquetas de validade em um carga de carnes de barriga ou com a utilização de carnes vencidas há três meses para a produção de outros alimentos. “Se é que se pode chamar de alimento algo composto por restos não mais aptos ao consumo humano”, observa a PF.

Cabeça de porco na linguiça

Uma das interceptações telefônicas da operação flagrou Idair Piccin e sua mulher, Nair, combinando a compra de 2.000 quilos de carne de cabeça de porco para a fabricação de linguiças, prática que é proibida.
Piccin até chega a ponderar a respeito da proibição, mas a mulher diz que conseguiu negociar as duas toneladas da carne por um bom preço e que o marido deveria utilizá-la para “fechar uma carga”.
“É, pega , nós vamos fazer o quê? Só que na verdade usar no que? Vai ter que enfiar um pouco em linguiça ali”, concorda o empresário, preso nesta sexta-feira, assim como sua mulher.

Papelão na mistura

A investigação também grampeou uma conversa em que dois funcionários da BRF supostamente conversam sobre a suposta inclusão de papelão em carnes utilizadas para processar salsichas, conhecida como CMS.
Funcionário: O problema é colocar papelão lá dentro do cms também né. Tem mais essa ainda. Eu vou ver se eu consigo colocar em papelão. Agora se eu não consegui em papelão, daí infelizmente eu vou ter que condenar.
Funcionário 2: Ai tu pesa tudo que nós vamos dar perda. Não vamos pagar rendimentos isso.
Segundo a empresa, no entanto, os homens discutiam a embalagem do produto, e não sua composição.

sábado, 18 de março de 2017

Fraudadores produziam carne com substâncias cancerígenas, diz delegado da PF



O delegado da Polícia Federal responsável pela Operação Carne Fraca, Maurício Moscardi Grillo, afirmou nesta sexta-feira, 17, que a investigação mostra que a preocupação das duas maiores empresas alimentícias, a JBS e a BRF, era com seus cofres em detrimento da saúde pública da população. A declaração foi dada durante entrevista coletiva sobre a operação em Curitiba.

A Operação envolve ainda outras empresas do ramo no País, segundo o delegado. Há cerca de 40 pessoas jurídicas envolvidas no esquema que incluía venda de produtos vencidos com a embalagem modificada.
"O que interessa para esses grandes grupos é o mercado independente da saúde pública da população. Há uma falsa preocupação das empresas com a sociedade", disse o delegado. Em outro braço do esquema, grupos criminosos pagavam propina para partidos políticos.
Segundo Grillo, foi identificado envolvimento do PP e do PMDB. Mas, de acordo com ele, essa parte não foi aprofundada porque o foco da investigação era a saúde pública, corrupção e lavagem de dinheiro.
Grillo explicou que os proprietários das empresas se beneficiavam do esquema e estavam dentro da situação, portanto não eram vítimas, mas corruptores. Segundo ele, também estavam envolvidos o ex-superintendente do Ministério da Pesca e da Agricultura no Paraná, o superintende de Goiás e um alto funcionário em Minas Gerais.
No caso da Superintendência de Goiás, Grillo disse que havia facilitação para enviar mercadoria contaminada com Salmonella para o exterior. O delegado disse que havia pedido intervenção nessa fábrica no interior de Goiás, mas que o juiz solicitou que a investigação fosse realizada pelo Ministério da Agricultura.
Itens cancerígenos
A operação Carne Fraca encontrou uma série de irregularidades na fabricação e comercialização de proteínas no País, com investigação concentrada no Paraná, mas também com desdobramentos em outros Estados, como Goiás e Minas Gerais.
A operação apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos, incluindo grandes empresas como BRF e JBS.
O delegado Moscardi Grillo disse na coletiva que as algumas das empresas investigadas usavam ácido e outros elementos químicos muito acima do permitido por lei para maquiar o aspecto físico de alimento vencidos e estragados. "Alguns são cancerígenos e usados para poder maquiar a característica física", afirmou Grillo.
Ele disse que estas irregularidades foram encontradas principalmente em frigoríficos menores da Região Sul, mas não só. Ele disse ainda que algumas empresas injetavam água para aumentar o peso da carne.
O delegado afirmou ainda que também foi encontrada carne processada, em que na verdade não havia proteína animal e sim, soja. "Inclusive há uma destas empresas que forneciam merenda escolar no Paraná que não havia carne dentro, era proteína de soja", disse afirmando se tratar do Frigorífico Souza Ramos.
A Polícia Federal citou ainda casos de Salmonella - bactéria que causa infecção em humanos e pode ser transmitida por alimentos. Neste casos, fiscais do governo federal recebiam propina para liberar a comercialização do produto contaminado. "Encontramos também pagamento de propina para fabricação de proteína em fábricas contaminadas com Salmonella", afirmou.
Ele disse ainda que contêineres com alimento contaminado, com destino à exportação para Europa, também foram encontrados.
Fonte: Thaís Barcellos, Camila Turtelli e Elizabeth Lopes

Comissão deverá votar reforma trabalhista no final de abril, diz relator


Por Agência Brasil


O relator da reforma trabalhista, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), disse que a comissão especial que analisa o tema deverá votar seu relatório no final do mês de abril ou no início de maio. Marinho ressaltou ainda que "certamente" após a votação, o projeto deverá ser levado para a apreciação do plenário da Câmara dos Deputados. As informações são da Agência Brasil.
 
"Normalmente pelo tamanho e dimensão do projeto, não há muita dificuldade de que ele tramite na Câmara. Há um pedido [para a que o plenário aprecie] mas, certamente logo após a votação, haverá um número suficiente de assinaturas para solicitar que seja apreciado pelo plenário da Câmara também", disse antes de participar de um encontro com empresários em São Paulo, na última quinta-feira (16).
O relator disse esperar que cerca de 400 a 500 emendas ao projeto sejam apresentadas até a próxima semana, quando se encerra o prazo para aditivos ao texto. Até o momento, foram protocoladas mais de 220 emendas. Segundo Marinho, o relatório deverá ser apresentado em meados de abril e deverá ser votado até o princípio de maio.
 
"Para que façamos um trabalho com consistência, com cuidado, eu acredito que antes da Semana Santa, até o dia 12 ou 13 de abril a gente terá condição de apresentar o relatório. Apresentado o relatório, tem aí pedidos de vistas, um novo prazo de emendamento, e devemos votar isso até o final do mês de abril, ou princípio de maio na comissão".
 
O relator voltou a defender a reforma e disse que a nova lei, se aprovada, será saudável para o ambiente de negócios do país. Na avaliação de Marinho, há a necessidade de o Brasil passar a ter uma legislação "que esteja no espírito do nosso tempo".
 
"[A reforma é saudável para] no momento de dificuldade, preservar empregos e, no momento de bonança, permitir que haja a possibilidade que empresas possam bonificar, melhorar o ganho de produtividade dos seus funcionários", disse. "A atual legislação é antiga, uma legislação que, apesar de vir sendo reformada ao longo do tempo, ela não tem a condição de ter, de agasalhar os aplicativos da internet, como Uber, a questão do trabalho intermitente, o da jornada móvel".
 
MANIFESTAÇÕES
 
O relator disse que as manifestações contra as reformas do governo, como as ocorridas na última quarta (15), são bem-vindas e fortalecem as instituições. No entanto, Marinho classificou as pessoas que criticam o projeto como "mal-informadas" ou "contra por serem contra".
 
"O que eu tenho visto, ouvido, lido, daqueles que fazem crítica ao projeto eu dividiria em duas categorias: aqueles que são mal-informados, que não leram, ou que foram informados de maneira equivocada por outros, e tem repetido palavras de ordem que não tem nada a ver com o que tem no corpo do projeto", disse. "E o segundo são aqueles que são contra por serem contra, ai não há o que fazer, não é racional a discussão".
 
LISTA DE JANOT
 
O relator disse ainda que os pedidos de investigação enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal), relativos a delações de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, não têm influenciado a tramitação da reforma.
"Eu acho que está tramitando bem, estamos tendo um diálogo bastante produtivo com os deputados de oposição que estão dentro da comissão. Todos os pedidos que foram feitos de se ouvir entidades personalidades, associações foram contemplados e tem corrido tudo bem".

Carne Fraca: Ministério afasta 33 servidores suspeitos de envolvimento

De acordo com Novaki, a “maquiagem” de produtos vencidos foi verificada em carne de frango, mortadela, salsicha e há a suspeita de carne bovina.

Agência Brasil - O secretário executivo do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Eumar Novaki, disse hoje (17) que as fraudes no processamento de carnes por algumas das maiores empresas do ramo alimentício do país, como JBS, BRF e Peccin, identificadas pela Operação Carne Fraca, são um “fato isolado” e que os consumidores podem “ficar tranquilos”.
Segundo o secretário, 33 servidores do órgão já foram afastados. De acordo com Novaki, a “maquiagem” de produtos vencidos foi verificada em carne de frango, mortadela, salsicha e há a suspeita de carne bovina. A fraude foi confirmada na unidade da BRF da cidade de Mineiros (GO) e nos frigoríficos de Jaguará do Sul (SC) e Curitiba, da empresa Peccin Agroindustrial. Os três estabelecimentos foram fechados pelo Ministério da Agricultura e passarão por “inspeção rigorosa”.
“São 21 SIFs [Serviço de Inspeção Federal], de quatro grupos econômicos, de um universo de 5 mil estabelecimentos. Isso demonstra que não é um fato cotidiano, mas um fato isolado, que não representa, de modo algum, a postura do Ministério da Agricultura”, afirmou Novaki. Segundo o secretário, em até 15 dias, o ministério apresentará um diagnóstico “preciso” sobre os produtos comercializados pelas empresas investigadas.
Mesmo afirmando que os consumidores podem ficar tranquilos quanto à procedência dos produtos, o secretário recomendou que a população fique atenta a possíveis sinais de má conservação. De acordo com Novaki, o ministério está atuando para identificar e retirar do mercado lotes de produtos adulterados.
“O queremos dizer para a população é que fique absolutamente tranquila. Nosso sistema de fiscalização é um dos mais respeitados do mundo. Se perceberem qualquer problema, comuniquem ao Ministério da Agricultura, que tomaremos a providências.”
O secretário afirmou ainda que o ministério já vinha, desde o ano passado, tomando medidas para evitar falhas no processo de fiscalização e inspeção. Ele ponderou, no entanto, que é impossível impedir desvios individuais.
“Desde que chegamos, o ministro Blairo Maggi determinou que uma série de procedimentos fossem reestudados e mudados, entre eles, o de inspeção. São 33 servidores, em um universo de 11 mil do ministério, e de 2,3 mil da área de inspeção”, comparou.
Apesar das fraudes identificadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, Novaki assegurou que o sistema de vigilância sanitária brasileiros é “consolidado”, “robusto” e “aprovado por inspeções internacionais”. “Nenhum sistema está livre de má índole. Se tem uma pessoa operando com segundas e más intenções, haverá falhas. Estamos trabalhando para evitar fraudes”, disse.
Ao pedir que a população denuncie qualquer suspeita de produtos estragados ou com más condições para o consumo, o secretário não descartou a possibilidade da ocorrência de novas operações. “Novas operações poderão vir porque tudo que estamos detectando de irregularidade no ministério estamos tomando providências administrativas e encaminhando para o Ministério Público e para a PF. Estamos tomando as medidas para que isso não se repita no futuro.”
Exportações
Perguntado sobre o possível impacto nas exportações, já que o Brasil é o principal exportador de carne do mundo, o secretário executivo do Ministério da Agricultura disse que os países compradores também fiscalizam os produtos. Além disso, Novaki reiterou que os “fatos isolados” não podem comprometer toda a cadeia.
“Os produtos brasileiros estão presentes em mais de 150 países, e isso demonstra a qualidade dos produtos produzidos no país. Cada um dos países tem seu sistema de vigilância que atesta os produtos quando lá chegam. Portanto, se tiver problema, isso será acionado e será resolvido, e aquilo não será entregue.” 

Após casos de febre amarela, 16 macacos são achados mortos em Alagoinhas

A Secretaria Municipal de Saúde de Alagoinhas informou que após a morte de dois macacos por febre amarela na cidade, 16 animais foram encontrados mortos até ontem (17), com sinais de violência e envenenamento.

De acordo com o órgão, a suspeita é que a população esteja matando os macacos com medo da doença. Até o dia 1º de março, 16 casos suspeitos da febre amarela silvestre foram registrados. Deste total, sete casos foram descartados e nove continuam sendo investigados.
Nos dias 11 e 12 deste mês, cerca de 15 mil pessoas foram vacinadas em Alagoinhas. Segundo a secretária de Saúde, 100 mil doses da vacina estão disponíveis para a 

Fonte: Acorda Cidade

Durante debate em Feira, especialista fala sobre impacto da Reforma da Previdência para os brasileiros

A advogada Jurema Cintra informou no debate que a PEC irá alterar diversos artigos da Constituição brasileira, e toda a legislação sobre previdência social no Brasil.


Laiane Cruz
Neste sábado (18), a advogada Jurema Cintra, especialista em Direito Previdenciário, participou da audiência pública proposta pelo deputado estadual Ângelo Almeida (PSB), que debateu a emenda à Constituição da Reforma da Previdência (PEC 287/2016), em tramitação no Congresso Nacional. O evento, aberto ao público, foi realizado no auditório do Restaurante KiloGrill.
A advogada Jurema Cintra informou no debate que a PEC irá alterar diversos artigos da Constituição brasileira, e toda a legislação sobre previdência social no Brasil e os benefícios de aposentadoria dos servidores públicos vão mudar.
“Isso terá um impacto muito profundo, porque vai se alterar tudo, como aposentadorias, a forma de contribuição, tempo, idade, rural e urbano. Hoje os trabalhadores têm várias formas de se aposentar. Eu posso me aposentar por idade, se for homem, 65 anos, se for mulher, 60 anos mais 15 anos de contribuição. A PEC quer equiparar o serviço público e o privado, para todos se aposentarem somente com 65 anos de idade e 25 anos de contribuição obrigatoriamente, criando uma regra única. E hoje nós temos vários benefícios, como aposentadoria especial de professores, que foi uma luta, a dos trabalhadores rurais, com cinco anos a menos, as especiais, a regra 85/95, que foi a flexibilização do fator previdenciário e tudo isso vai cair”, explicou a advogada.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
De acordo com a especialista, caso aprovada a proposta haverá uma regra de transição, tanto para servidores públicos quanto os trabalhadores das empresas privadas. A mulher que tiver 45 anos e o homem que tiver 50 anos vão poder usar a lei antiga, mas vão ter que pagar um pedágio de cinquenta por cento do tempo que falta. Só que, segundo ela, isso não está se baseando em estatísticas, em dados do IBGE, ou legislação.
“Transição tem que ser feita uma escadinha, uma espécie de escalonamento. Então se eu tenho 29 anos de serviço, eu pago um pedágio pequeno. Se eu tenho 28 anos de contribuição, o pedágio aumenta um pouco, para não prejudicar as pessoas que têm muito tempo de contribuição com a regra antiga”, informou.

Jurema Cintra disse ainda que os trabalhadores do campo e da cidade, que já têm direitos adquiridos, permanecerão com seus direitos e vão poder usar todos os requisitos da lei anterior. E quem já está aposentado e é pensionista não muda. Vai mudar para quem solicitar depois.
Cálculo da aposentadoria
A advogada esclareceu que hoje para o cálculo das aposentadorias se faz uma média de todos os seus salários, exclui os 20% piores, e então se tem uma média dos 80% melhores, daí tira-se uma média e aplica o fator previdenciário.

“A mulher que faz 85 pontos e o homem 95 pontos, quando eu somo idade e tempo de serviço, não tem fator previdenciário. Mas tudo isso vai cair e você vai começar com 51% do valor do benefício e para cada ano de contribuição mais 1%. Então se eu trabalhei 30 anos, vou ter 51% mais 30%. Isso significa que para você ter direito a 100% do seu benefício você vai ter que trabalhar 49 anos sem faltar um único mês. Isso se chamará escravidão”, salientou.

O deputado Ângelo Almeida afirmou que o debate foi intenso. “Eu acredito muito na pressão popular. O deputado que dá o voto na câmara já atravessou a metade do caminho e está de olho em 2018, aí vem uma proposta dessa natureza, que agride a direitos constituídos, se a sociedade se mobilizar bem, cada um de nós fazendo a nossa parte, o deputado é vulnerável à opinião pública, que é construída a partir de várias frentes como as redes sociais e a militância”.
Ele declarou também que o governo em 2015 pagou R$ 500 bilhões pelo Tesouro Nacional pela dívida pública, juros e amortização. “Todo o custeio da previdência é R$ 400 bilhões. Então essa agiotagem que existe no país tem que acabar em primeiro lugar. É preciso taxar as grandes fortunas, o Imposto de Renda para empresários, mas não em cima do pobre que está vulnerável. Então estão mudando a regra do jogo sob uma condição de ilegitimidade. Eu não sou contra radicalmente a mudança da previdência, muita coisa precisa ser mudada, mas o que está aí é para proteger os interesses das grandes corporações”.
Com informaçõese fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.



Fraude em carnes cria risco de perda de mercado para o país, diz ministro

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), disse à reportagem que a descoberta de irregularidades em produtos animais prejudica a imagem do país no mercado estrangeiro e cria o risco de perda de mercado no exterior.
Para reduzir os danos, ele informou que deve conversar no final de semana com o adido comercial da comunidade europeia e entrará em contato com as embaixadas para apresentar dados e informações. Segundo ele, a retirada de produtos do mercado irá depender de quando foram diagnosticadas as fraudes, uma vez que os produtos com irregularidades já podem ter sido consumidos no mercado interno.
Pergunta - As revelações prejudicam a imagem do país no mercado internacional?
Blairo Maggi - Certamente e nós trabalhamos muito nos últimos anos. O setores envolvidos conquistaram espaços importantes no mercado internacional. E uma atitude dessa de pouca gente envolvida é muito ruim, não tenho dúvida de que é muito ruim. Esse é um assunto que não é só de polícia. É muito grave para o país, com riscos de imagem e de perder mercado.
Pergunta - Como evitar que o impacto seja maior do que o atual?
Maggi - É a atitude que estamos tomando. A orientação de governo é ser o mais transparente possível. Afastar imediatamente os envolvidos e tentar entender se é um assunto restrito. Eu quero crer que, pelo tempo que a Polícia Federal investiga, de fato seja um assunto restrito. Determinei que o Ministério da Agricultura faça uma sindicância geral nos processos. A minha preocupação agora é estancar isso, saber se está restrito a esse grupo de servidores e tentar recuperar a imagem do país.
Pergunta - Que orientação o presidente Michel Temer deu para o senhor?
Maggi - Eu telefonei ao presidente logo cedo, dando explicações do que estava acontecendo. Ele pediu para eu assumir pessoalmente o assunto, que o deixasse informado. A preocupação dele e a minha é com a imagem do Brasil no mercado internacional e de sermos transparentes com os consumidores internos. Para mostrarmos onde temos problemas e passar a tranquilidade de que isso deve ser um caso isolado, que envolve um determinado grupo de servidores públicos que teria sido responsável pelas fraudes.
Pergunta - Quando o senhor entrará em contato com entidades internacionais?
Maggi - Imediatamente. Na próxima segunda-feira cedo, terei conversas com embaixadas. Pela manhã, fui contatado se poderíamos realizar uma reunião de emergência com o adido comercial da comunidade europeia e eu me coloquei à disposição para fazê-la no momento em que ele achar melhor, no sábado ou no domingo. Eu ainda espero a resposta dele. É o tipo de ação que não podemos vacilar. Temos de ser muito fortes e muito firmes.
Pergunta - O ministério pedirá para retirar os produtos suspeitos do mercado?
Maggi - Sim, vamos. O que acontece, no entanto, é que preciso primeiro entender quando eles constaram as adulterações. Se foi na quinta-feira (16), é claro que as mercadorias ainda estão nos frigoríficos. E, se estão nos frigoríficos, elas já foram suspensas. Eles não podem mais expedir essas mercadorias. Agora, se ocorreram há 30 dias, as mercadorias já foram consumidas. Elas não teriam mais como ser recuperadas. Mas se isso aconteceu há dez dias, certamente vamos encontrá-las, porque saem dos frigoríficos com lotes determinados e com notas fiscais eletrônicas.
Pergunta - Houve falhas dos mecanismos de controle da pasta de não terem diagnosticado as fraudes?
Maggi - Não, não creio. O sistema é robusto e isso só será descoberto no momento em que houver denúncias. O que foi certamente o que aconteceu em determinado momento e a Polícia Federal, que tem como atribuição investigar, o fez. Ano passado, quando assumi a pasta, recebemos uma reclamação por parte dos fiscais de que, em determinados momentos, eles eram substituídos porque estavam atuando em uma determinada empresa. Nós fizemos uma portaria interna e tiramos a competência do superintendente em fazer a remoção. Na suspeita que nós tínhamos, atuamos.
Por: Por Folhapress

domingo, 12 de março de 2017

Lula vê ‘queremismo’ e diz que será candidato

Ex-presidente afirma que crise deve produzir movimento por sua volta
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que a Lava Jato causará impacto em "todos os partidos" e diz agora que o que chama de "exageros" da operação, somados ao desemprego e à crise econômica, tendem a produzir um movimento "queremista" por sua volta ao poder.
Pela primeira vez desde que virou réu na Lava Jato, Lula começou a chamar aliados para detalhar seus planos e admitir a intenção de disputar o Palácio do Planalto, tendo o comando do PT como ponto de apoio para ganhar mais visibilidade.
"Para vocês posso dizer: eu serei candidato à Presidência da República", afirmou ele à deputada Luciana Santos (PE), que comanda o PCdoB, e também a Orlando Silva (SP). A conversa ocorreu na segunda-feira passada, em São Paulo.
Lula já encomendou ao ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, a Luiz Gonzaga Belluzzo e a professores da USP, como Laura Carvalho, propostas para a confecção de um programa econômico, como antecipou o Estado. O mote de sua plataforma será o estímulo ao consumo "com responsabilidade fiscal".
Mesmo o tradicional aliado PCdoB, porém, já faz previsões para se descolar do PT, lançando o governador do Maranhão, Flávio Dino, à sucessão do presidente Michel Temer.
Os petistas não têm Plano B para o caso de Lula ser impedido de disputar a Presidência, se for condenado na Justiça em segunda instância e virar ficha-suja. Hoje, ele é alvo de cinco ações penais - três na Lava Jato -, mas, mesmo assim, lidera as pesquisas de intenção de voto.
À beira de um racha, o PT tem alas que veem com simpatia o aval a Ciro Gomes (PDT), caso Lula não possa concorrer. A adesão a Ciro, porém, ocorreria somente em último caso. O grupo que defende essa alternativa quer uma "operação casada", na qual o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad seria candidato a vice. A hipótese nem de longe tem a maioria do partido.
Fonte:  Vera Rosa