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sábado, 24 de dezembro de 2016

Saque de conta inativa do FGTS só pode ser feito a partir de fevereiro

Anunciado nesta quinta-feira (22) pelo governo como medida para estimular a economia no próximo ano, o saque do saldo das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) só poderá ser feito a partir de fevereiro. O Ministério do Planejamento anunciará um calendário de saque com base na data de nascimento dos trabalhadores.


Com potencial para injetar até R$ 30 bilhões na economia, a medida permitirá que cerca de 10,2 milhões de trabalhadores retirem todo o saldo das contas inativas até 31 de dezembro de 2015. Contas inativas são aquelas contas do FGTS que não recebem mais depósito do empregador porque o trabalhador foi demitido ou saiu do emprego.


Até agora, a regra estabelecia que os trabalhadores com carteira assinada só podiam sacar até R$ 1 mil de contas inativas caso estivessem desempregados por pelo menos três anos ininterruptos.

Com a mudança, o empregado poderá retirar todo o saldo, desde que tenha saído do emprego até 31 de dezembro do ano passado. De acordo com o governo, 86% das contas inativas do FGTS têm saldo inferior a um salário mínimo, atualmente em R$ 880.

Consulta de saldo pode ser feita pela internet
Depois da divulgação da medida, a página da Caixa Econômica Federal que permite a consulta do saldo das contas do FGTS por trabalhado opera com instabilidade. Para conferir o extrato de todas as contas do FGTS, ativas e inativas, o trabalhador deve entrar na página e digitar o Número de Inscrição Social (NIS) e cadastrar uma senha.

Caso o trabalhador tenha uma senha cadastrada e a tenha esquecido, pode pedir uma nova senha. Para isso, no entanto, é necessário digitar o número do título de eleitor.

A consulta também pode ser feita por meio do aplicativo FGTS Trabalhador, disponível gratuitamente para smartphones e tablets nos sistemas Andrioid, iOS (da Apple) e Windows Phone. Também é necessário digitar o NIS e a mesma senha cadastrada no site.

É possível ainda verificar pessoalmente o extrato do FGTS nas agências da Caixa Econômica Federal. Quem tem o Cartão Cidadão pode ir a um posto de atendimento, desde que tenha em mãos a senha. A consulta não pode ser feita por telefone.
Agência Brasil

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Julgamento da 'Viúva da Mega-Sena' continuará nesta quarta-feira

Ela é acusada de mandar matar o marido, René Senna, para ficar com a fortuna que ele tinha ganhado na Mega-Sena

Rio - A primeira sessão do julgamento da ex-manicure Adriana Ferreira de Almeida, conhecida como a "Viúva da Mega-Sena", terminou por volta das 19h50 desta terça-feira. Ela é acusada de mandar matar o marido, René Senna, em janeiro de 2007, para ficar com a fortuna que ele havia ganho na Mega-Sena. O Conselho de Sentença de Rio Bonito voltará a julgar o caso a partir das 10h desta quarta-feira. 
Na audiência, que começou nesta manhã, os juízes ouviram quatro testemunhas, duas de defesa e duas de acusação. Em depoimento, a filha da vítima, Renata Senna, contou que conversava com o pai sobre Adriana, que "tentou afastá-lo da família". Durante boa parte do julgamento, a acusada ficou de cabeça baixa.
Além da liberdade de Adriana, está em jogo uma fortuna de R$ 120 milhões, que está retida e é reivindicada por Renata. O dinheiro está rendendo juros e correção monetária, em uma conta de investimentos da Caixa Econômica Federal.
Maior prêmio pago
Senna acertou sozinho as seis dezenas da Mega Sena, em julho de 2005, e faturou R$52 milhões, até então o maior prêmio pago pela loteria. Além do resultado das aplicações, aos milhões em dinheiro que Senna mantinha no banco, somaram-se os valores arrecadados com a venda de parte de seu patrimônio, como cabeças de gado e fazendas, que estavam se deteriorando, ironicamente por falta de dinheiro para a manutenção dos bens.
A feroz disputa pela herança de Senna ocasionou a geração de outros processos, mas na área cível. A família do milionário assassinado, especialmente sua única filha, Renata, moveu ações tanto para anular o testamento que deixava metade de todo o patrimônio para Adriana, feito pelo pai três meses antes do crime; quanto para que Adriana seja declarada indigna, e, consequentemente, perca o direito à herança, bem como a todas as doações feitas pela vítima, ainda em vida. Por outro lado, Adriana questionou na Justiça a paternidade de Renata, que foi obrigada a se submeter a exame de DNA. O resultado foi favorável à Renata.
Tanto Adriana, quanto Renata, tentaram ao longo de todos estes anos botar a mão na grana. Cerca de 20 dias após a morte de René, Adriana transferiu R$ 1,9 milhão da conta conjunta que tinha com o milionário, para outra, particular. Renata fez vários pedidos de liberação da sua parte da herança. Chegou a solicitar R$ 11 milhões, alegando que corria risco de vida e pretendia se ausentar do país. Mas todos os pedidos foram negados pela Justiça, que condiciona a liberação de qualquer centavo da herança ao resultado do processo criminal.
A previsão é que o julgamento dure, pelo menos, três dias. Sete jurados, pessoas do povo, moradoras de Rio Bonito, é que vão colocar um ponto final nessa história, que começou com uma jogada de sorte: um lavrador doente, que teve as duas pernas amputadas por conta dos problemas com a diabetes e morava de favor na casa de parentes, da noite para o dia, transformou-se em milionário. Mas teve um desfecho trágico, que chocou o país.